sexta-feira, 30 de março de 2012

Poluição visual

             
                              

Dá-se o nome de poluição visual ao excesso de elementos ligados à comunicação visual (como cartazes, anúncios, propagandas, banners, totens, placas, etc) dispostos em ambientes urbanos, especialmente em centros comerciais/shoppings centers e de serviços. Acredita-se que, além de promover o desconforto espacial e visual daqueles que transitam por estes locais, este excesso enfeia as cidades modernas, desvalorizando-as e tornando-as apenas um espaço de promoção dofetiche e de trocas comerciais. Acredita-se que o problema, porém, não é a existência da propaganda, mas o seu descontrole.
Também é considerada poluição visual algumas atuações humanas sem estar necessariamente ligada a publicidade tais como o grafite, pichações, fios de eletricidade e telefônicos, as edificações com falta de manutenção, o lixo exposto não orgânico, e outros resíduos urbanos.
Normalmente, ela se soma aos outros tipos de poluição: do ar, das águas e a luminosa, principalmente com esta última.





Efeitos

A poluição visual degrada os centros urbanos pela não coerência com a fachada das edificações, pela falta de harmonia de anúncios, logotipos e propagandas que concorrem pela atenção do espectador, causando prejuízo a outros, etc. O indivíduo perde, em um certo sentido, a sua cidadania (no sentido de que ele é um agente que participa ativamente da dinâmica da cidade) para se tornar apenas um espectador e consumidor, envolvido na efemeridade dos fenômenos de massas. A profusão da propaganda na paisagem urbana pode ser considerada uma característica da cultura de massas pós-moderna.
Certos municípios, quando tentam revitalizar regiões degradadas pela violência e pelos diversos tipos de poluição, baixam normas contra a poluição visual, determinando que as lojas e outros geradores desse tipo de poluição mudem suas fachadas a fim de tornar a cidade mais harmônica e esteticamente agradável ao usuário.

Prejuízos

Uma das maiores preocupações sobre a poluição visual em vias públicas de intenso tráfego, é que pode colaborar para acidentes automobilísticos. Muitos países possuem legislações específicas para controle de sinalizações em diversas categorias de vias. Alguns psicólogos também afirmam que os prejuízos não se restringem à questão material, mas atingiriam também a saúde mental dos usuários, na medida em que sobrecarregaria o indivíduo de informações desnecessárias.


Fonte: Wikipédia

DESAFIOS DA AUTOESTIMA





Todos querem ter uma boa autoestima. E não é para menos, já que prevalece a ideia de que seus efeitos são decisivos para o bem-estar físico e psicológico. Mas não é simples lidar com esse conceito, afinal, trata-se de algo “móvel” e de caráter subjetivo: não basta ser belo, inteligente ou querido para se sentir bem – é fundamental que a pessoa se permita reconhecer em si as características positivas e possa se apropriar delas. Além disso, assim como acontece com outros estados afetivos, é difícil mensurar o quanto gostamos de nós mesmos, embora nos últimos anos a psicologia experimental tenha trabalhado no desenvolvimento de algumas ferramentas para avaliar o apreço que nos devotamos. 


Infinitamente mais psicológico do que lógico, o que sentimos por nós está apoiado nas experiências acumuladas e, ao mesmo tempo, naquilo que vivemos no presente (o que, aliás, também é influenciado pelo passado). “Em linhas gerais, podemos dizer que autoestima é o conceito que cada indivíduo faz de seu próprio valor”, afirma o psiquiatra italiano Willy Pasini, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Milão e de Genebra, e autor do livro A autoestima: descubra o que afeta sua imagem e viva melhor (Rocco, 2011). Fundador da Federação Europeia de Sexologia, ele compara esse sentimento a um camaleão. Embora a metáfora seja muitas vezes empregada de forma negativa, numa alusão aos que mudam de opinião com frequência, nesse caso Pasini destaca o aspecto positivo. “Assim como o animal que altera sua cor, mas não a pele, a autoestima pode se modificar ao longo da vida, influenciada por sucessos e fracassos, pelo que decidimos e encontramos, mas principalmente pela forma como elaboramos cada experiência; entretanto, sua estrutura básica permanece imutável.

”Ele destaca que nos dias de hoje prevalecem, entre os psicólogos, basicamente duas teorias sobre o apreço por si mesmo: a da personalização, de William James, e a da socialização, de Charles Cooley. “A primeira acentua a articulação do ego atual com aspirações pessoais e se baseia no conceito estoico segundo o qual a pessoa tem a autonomia, ainda que não absoluta, de sua subjetividade. A segunda faz da percepção de si mesmo uma espécie de espelho social; assim, a importância que cada um se atribui é determinada pela importância que os outros lhe conferem.”

Independentemente da hipótese adotada, é importante ter em mente que a autoestima não é algo pronto e definitivo, e sim um aspecto reconstituído a cada dia. Na opinião de Pasini, a possibilidade de ter uma relação equilibrada conosco, sem valorização extrema (nem dos erros nem dos acertos), está diretamente relacionada à capacidade de sermos mais generosos conosco. E, em geral, também com os outros.

Em tempos de comunicação virtual, não é difícil pensar que as redes sociais funcionam como uma medida do quanto alguém é amado ou bem-sucedido. No fundo, porém, a maioria sabe (ou suspeita) que ser popular não significa necessariamente poder contar com as pessoas a qualquer momento e que os seguidores no Twitter ou no Facebook não correspondem ao número de “amigos de verdade”. Ainda assim, um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Cornell, em Nova York, publicado no periódico Cyberpsychology, Behavior and Social Networking em fevereiro de 2011, mostrou um dado curioso: jovens se sentem mais satisfeitos ao olhar seu perfil no Facebook do que a própria imagem no espelho.

Para realizar a pesquisa, a psicóloga Amy Gonzales reuniu 63 alunos da universidade no laboratório de mídia social da instituição. Alguns voluntários foram instruídos a acessar a própria página do Facebook, outros ficaram em frente a computadores desligados, com telas espelhadas, e um grupo de controle permaneceu diante de monitores não espelhados. Após três minutos, todos receberam um questionário sobre autoestima. Resultado: os que visualizaram sua página na rede social mostraram, em média, percepção muito mais positiva de si em comparação aos que olharam a própria imagem refletida – a pontuação foi ainda maior entre os que apagaram ou mudaram algo em seu perfil.

Amy constatou que as fotos do Facebook “editadas” pelos próprios jovens, com os comentários de amigos e conhecidos, estimularam a autoestima mais do que a visão da própria imagem no espelho, que muitas vezes não corresponde ao ideal que os adolescentes têm a respeito de si mesmos. “As redes sociais oferecem a possibilidade de apresentar ao mundo (e a si mesmo) uma versão pessoal 'melhorada', mais próxima da idealização do que seria adequado, tanto no que diz respeito à aparência quanto a relacionamentos”, afirma a pesquisadora.

Adolescentes sentem mais prazer ao receber elogios do que ao fazer sexo ou ganhar dinheiro. Será mesmo? Pelo menos foi o que mostrou um estudo conduzido pelo psicólogo Americano Brad Bushman e publicado há alguns meses no periódico científico Journal of Personality. O pesquisador da Universidade de Ohio questionou estudantes sobre as atividades que mais lhes davam prazer, como passear com o namorado ou namorada, receber o salário após um fim de semana de trabalho ou saborear seu prato preferido. Os jovens deveriam classificar as opções em uma escala de 1 (não me estimula nem um pouco) a 5 (sinto grande prazer). Os itens mais pontuados foram os relacionados à construção da autoestima – como receber elogios, perceber se admirado e ser reconhecido como bom aluno ou atleta pelos outros colegas. 

Em uma segunda etapa da pesquisa, o psicólogo convidou os mesmos voluntários a participar de um teste de habilidades matemáticas. Ele divulgou as notas e informou que, se esperassem mais dez minutos, poderiam ter os testes reavaliados por outro sistema de cálculo da pontuação – conhecido entre os estudantes por aumentar um pouco as notas. Bushman percebeu que os adolescentes que se mostraram mais aptos a ficar e esperar – mesmo sabendo que na prática não importava a nota que tirassem – eram, na maioria, os mesmos que valorizavam atividades relacionadas ao fortalecimento da autoestima. 

Em muitos casos, a busca pela autoafirmação pode apresentar algum grau de risco, já que, para se sentirem aceitas e reconhecidas por características que consideram positivas, as pessoas podem se expor a situações perigosas. Pensando nisso, em uma terceira etapa da pesquisa Brad Bushman traçou um paralelo com a dependência química. Os jovens participantes do estudo afirmaram “querer” mais do que “gostar” das situações em que se sentiam mais valorizados. “Trata-se de um padrão semelhante ao das respostas de dependents de drogas”, sugere o pesquisador.

A autoestima está intimamente vinculada ao amor por si mesmo – mas numa relação não necessariamente direta. Muitas vezes o termo “narcisismo” é utilizado no senso comum de maneira pejorativa, para designar um excesso de apreço por si mesmo. Para a psicanálise, trata se de um aspecto fundamental para a constituição do sujeito. Um tanto de amor por si é necessário para confi rmar e sustentar a autoestima, mas o exagero é sinal de fixação numa identificação vivida na infância. 

A ilusão infantil de que o mundo gira ao nosso redor é decisiva nessa fase, mas para o desenvolvimento saudável é necessário que se dissipe, conforme deparamos com frustrações e descobrimos que não ser o centro do universo tem suas vantagens. Afinal, ser “tudo” para alguém (como acreditamos, ainda bem pequenos, ser para nossa mãe) é um fardo pesado demais para qualquer pessoa. Alguns, no entanto, se iludem com o fascínio do papel e passam sua vida almejando o modelo inatingível de perfeição. 

Diz o mito grego que Narciso era uma criança tão linda e admirada que sua mãe, Liríope, preocupada com esse excesso, levou-o até o sábio Tirésias. Ele lhe disse que o menino só teria uma vida longa se jamais visse a própria imagem. Por muito tempo essas palavras pareceram destituídas de sentido, mas os acontecimentos que se desenrolaram mostraram seu acerto. Na adolescência, Narciso era um jovem belíssimo, mas muito soberbo. Ao passear certo dia pelo campo, a jovem Eco o viu e se apaixonou por ele, mas o rapaz a repeliu. Um dia, cansado, Narciso dirigiu-se a uma fonte de águas límpidas. Eis então que a profecia se realiza: ao ver-se refletido no espelho das águas, enlouqueceu de amor pelo próprio reflexo. Embevecido, não tinha olhos nem ouvidos para mais nada: não comia ou dormia. Em vão, Eco suplicava seu olhar. Mas Narciso só olhava para si. Apaixonado, ensimesmado, busca para aplacar sua dor um outro que, sendo ele mesmo, não lhe responde. Realizase, então, seu destino: mergulha no espelho e desaparece no encontro impossível.

Sem a possibilidade de reconhecimento do que é a própria imagem e do que é o outro, o corpo de Narciso tornou-se pura miragem e desfez-se nas águas... E Eco, que só a Narciso perseguia, só por ele clamava, só nele vivia, petrifi cou-se e perdeu o poder de sua própria palavra. Narciso não cria laços; não partilha seu encanto. Perde-se na imagem de si. Eco também se perde e, no desencontro, entrega-se à repetição compulsiva, sem poder se separar da miragem idealizada. Com base nas ressonâncias desse mito Freud desenvolverá um dos conceitos mais importantes de sua teoria – o narcisismo.

Mencionado pela primeira vez em seus escritos em 1909, é apresentado como uma fase própria do desenvolvimento humano, quando se realiza a passagem do autoerotismo, do prazer centrado no próprio corpo, para o reconhecimento e a busca do amor em outros objetos – diferentes de si. Passagem importante e cheia de inquietações já que implica a saída da gratifi cação por aquilo que é efeito apenas da própria imagem – “Narciso só reconhece o que é espelho” – para a realização de uma das conquistas mais importantes da cultura: a possibilidade de viver, aceitar e trabalhar com a alteridade e, portanto, com as diferenças. 

Freud aborda explicitamente esse conceito – efeito do confronto vivido por ele mesmo ao deparar com argumentos de Adler e Jung, que questionavam suas teorias acerca do lugar ocupado pela sexualidade na constituição da subjetividade e na compreensão das patologias. A legitimidade do conceito justificouse a partir da experiência freudiana com a clínica, naquilo que reconheceu como resistência dos pacientes em abandonar suas posições amorosas, nas manifestações da onipotência infantil e do pensamento mágico, nas doenças orgânicas e na hipocondria – quando toda a libido se volta para o corpo doente – e nos delírios de grandeza das psicoses. 

Em O mal-estar na civilização, de 1930, Freud diz que um dos grandes obstáculos do homem em sua busca pela felicidade, e que lhe traz maiores dificuldades, é o sofrimento resultante das relações humanas, pois elas nos colocam em confronto com aquilo que, não sendo espelho, nos solicita novos posicionamentos. 

Toda criança, ao nascer, é banhada por vários olhares e desejos. Quando se contemplar no espelho, não verá o simples reflexo físico de uma imagem, mas tudo o que esses olhares depositaram no seu corpo. É um momento fulgurante de “sua majestade, o bebê!”. Júbilo para a criança e para os pais, que veem renascer das cinzas sua própria imagem idealizada e todos os seus anseios irrealizados.

Instante de narcisismo primário – constitutivo e alienante. O bebê será um herói, vencerá todos os perigos; trata-se de um momento necessário, mas cheio de riscos. Se não ocorre, a imagem de si pode não se constituir, pode se fragilizar, parecendo insuficiente. Se for excessivo, torna-se aprisionante, comprometendo o futuro, a possibilidade de construção de projetos e os ideais. Se tudo correr bem, a criança se desligará desse olhar primordial e escapará do destino fatal de Narciso – embeber-se, afogado, na tentativa de perpetuar o encontro com a imagem que as águas lhe devolviam. 

Os desdobramentos do narcisismo são de fundamental importância para a análise do mundo em que vivemos. A valorização da imagem e do sucesso a qualquer custo reduz a tolerância das mínimas divergências – o que Freud chamou de narcisismo das pequenas diferenças – e acirra os conflitos, seja nas pequenas discordâncias do cotidiano ou nos grandes conflitos bélicos. Se o outro não me satisfaz, se não é espelho daquilo que almejo, se tenta opor-se às minhas vontades e ameaça minha autoestima, eu o aniquilo. O terreno é propício para preconceitos, fanatismos e violência.

A tragédia vivida por Narciso não nos abandona. Deixa sempre restos que nos fazem seguir pela vida tentando reencontrar o olhar mágico que nos enlevava e nos dizia tudo que éramos. Busca incessante de certezas, de entrega passiva às ilusões...


quinta-feira, 29 de março de 2012

Todos precisam de psicólogos(as)


Quem precisa de terapia? 

Por quê procurar um psicólogo(a)?




Muitos pensam que terapia é só pra quem tem problemas mentais. Na verdade, todo mundo pode se beneficiar da terapia. Hoje em dia, muita gente faz terapia como forma de se conhecer melhor. Conhecer-se melhor faz com que tomemos decisões mais acertadas, e consequentemente, que soframos menos. A terapia pode contribuir ainda para melhorar a autoestima e a autoconfiança, para reduzir o stress, e para resolver problemas profissionais e de relacionamento. Procurar um psicólogo não é motivo de vergonha, é sinal de que você está interessado em melhorar sua vida, procurar mais serenidade e confiança em todos os assuntos.



quarta-feira, 28 de março de 2012

O que é afinal a Sexologia?



O que é afinal a Sexologia?  “Quero ser sexóloga
Quero me tornar uma sexóloga. 

Que curso terei que fazer para me tornar 

uma sexóloga profissional?




Sexologia: Ciência que estuda o comportamento sexual. A sua atuação é de carácter inter e multidisciplinar, abrangendo a Psicologia, Medicina, Antropologia, Sociologia.
É a área do conhecimento que trata do comportamento sexual.


Abrange:


algumas áreas da medicina (andrologia, ginecologia e a anatomia dos órgãos sexuais).

psicologia, sociologia e antropologia do comportamento sexual.

neurociências (o estudo da base da resposta sexual e a complexidade do comportamento sexual).

psiquiatria (parafilias, assim como desordens que levam a inadequações).

a epidemiologia das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

A sexologia também toca questões mais amplas, como o conceito de saúde sexual, aborto, saúde pública, controle de natalidade, abuso sexual, entre outros.


A Sexologia na Prática Clínica



O tratamento sexológico é todo o processo médico e/ou psicoterápico que tem como objetivo a correção dos distúrbios sexuais para propiciar adequação sexual.
O clínico, em sua prática diária, pode participar na prevenção e no tratamento dos transtornos sexuais. Entretanto, alguns requisitos são necessários:

  1. Estar bem com sua sexualidade
  2. Conhecer os dados sobre a resposta sexual normal
  3. Dotar-se de um profundo respeito ético em relação à sexualidade do outro
  4. Conhecer todos os recursos atuais nas áreas da propedêutica e da terapêutica em sexologia.

*É também desejável empatia e motivação, como em toda abordagem psicológica.
E a terapia alicerça-se principalmente sobre:

  1. Orientação, dirimindo mitos e tabus, bem como legitimando o prazer sexual
  2. Reposição ou suplementação hormonal (estrogênios e androgênios)
  3. Psicoterapia

O dizer de Balint quanto ao "médico como medicamento" nessa situação torna-se transparente. Em uma abordagem em que se pesquisa um transtorno sexual, o médico pode (e deve) atuar como facilitador de ajuda. Porém, muitas vezes com preconceitos, desconhecimento e necessidade de impor valores, acaba se comportando como agente destrutivo (iatrogênico).
Kaplan diz que "o uso das experiências sexuais estruturadas sistematicamente, integradas ao conjunto das sessões terapêuticas, é a principal inovação e a característica distinta da terapia do sexo". Sua psicoterapia sexual é uma forma de terapia breve, que geralmente tem a duração de dois a oito meses, com freqüência de uma sessão semanal do casal ou do indivíduo, e que trabalha fundamentalmente o comportamento sexual nos seus aspectos psicossociais, uma vez excluída a possibilidade do comprometimento orgânico na queixa sexual.


Disfunção, Desvio e Inadequação


O estudo da resposta sexual humana nos diz que todos os homens são: iguais, do ponto de vista biológico; parecidos, do ponto de vista sócio-cultural e diferentes, do ponto de vista psicológico. Por extensão, definimos os distúrbios do comportamento sexual segundo os aspectos biológico – disfunção, sociológico – desvio e psicológico – inadequação.


Disfunção


Um indivíduo funcional é capaz de levar ao fim a resposta sexual normal (Desejo Sexual > Excitação > Orgasmo > Relaxamento). O conceito de normalidade, no que tange à funcionalidade, se confunde com o conceito de índivíduo hígido.



A disfunção então ocorre:



Em alguma fase da resposta sexual:



Apetência – inibição do desejo
Excitação – Disfunção Erétil (DE), lubrificação inadequada
Orgasmo – anorgasmias, distúrbios da ejaculação



Ou na forma de transtornos dolorosos:


Vaginismo
Dispareunia
Desvio (Parafilia)




O que significa parafilia? Qual o significado de parafilia? 


Uma parafilia (do grego παρά, para, "fora de",e φιλία, philia, "amor") é um padrão de comportamento sexualno qual, em geral, a fonte predominante de prazer não se encontra na cópula, mas em alguma outra atividade. São considerados também parafilias os padrões de comportamento em que o desvio se dá não no ato, mas no objeto do desejo sexual, ou seja, no tipo de parceiro, como, por exemplo, a efebofilia.
Em determinadas situações, o comportamento sexual parafílico pode ser considerado perversão ou anormalidade.


Parafilias - CID10 F65

O ambiente (grupos culturais, principais responsável por moldar nossa personalidade) nos dita certos padrões de comportamento, que serão aprendidos e/ou confrontados entre si e com o mundo individual ao longo de nossas vidas.

Podemos assumir duas posturas perante estes padrões:

  • Aceitação destes, assimilando-os e tornando se um reforço destes padrões culturais
  • Comportamento Desviante, sua contestação

Classifica-se assim o desvio como sendo o "comportamento que foge a certo padrão cultural de uma sociedade em determinada época". 

As considerações com respeito ao que é considerado parafílico dependem das convenções sociais em um momento e lugar (o que é reprovado hoje torna-se modismo amanhã: homossexualidade, sexo oral, anal, masturbação…).

As parafilias podem ser consideradas inofensivas, salvo quando estão dirigidas a um objeto potencialmente perigoso, danoso para o sujeito ou para outros. São classificadas como distorções da preferência sexual na CID-10 (classe F65).


Classificação das parafilias

  • Desvios do objeto: necrofilia, fetichismo, maiseufilia, etc
  • Desvios de objetivo: exibicionismo, voyeurismo, etc.

Sendo:

Objeto sexual: qualquer ser (animado ou não) alvo da atração sexual
Objetivo sexual: "a união sexual, ou atos que conduzam a esta união".


Inadequação


A diferenciaçao entre adequação e inadequação segue critérios psicológicos. É um conceito relacionado ao equilíbrio interno de cada parceiro e de interações equilibradas entre eles:

  • Um indivíduo Adequado não se queixa, está satisfeito.
  • Um indivíduo Inadequado não está bem consigo mesmo ou com seu parceiro.

Um casal pode ser considerado adequado mesmo portando disfunções (homem impotente e mulher vagínica) ou desvios (homem sádico e mulher masoquista).

Em nosso meio, a inibição do desejo é a mais comum queixa sexual feminina, e anorgasmia e dispareunia também muito freqüentes. Com relação aos homens, transtornos eretivos e ejaculação precoce são predominantes. Outra inadequação corrente é a relativa à freqüência das relações sexuais em um casal. Apesar de um ciclo da resposta sexual completo, há queixa pela desproporção entre o apetite sexual dos parceiros.


Outros distúrbios

  • Transtorno de identidade sexual (transexualismo): a incompatibilidade entre anatomia genital e identidade sexual.

Ocorrem tanto as formas transexual de homem a mulher quanto transexual de mulher a homem, apesar de o primeiro ser muito mais frequente (possui corpo masculino, mas percebe-se como feminino).
É a indicação da cirurgia de mudança de sexo (Kaplan, 1985). Intervenção tecnicamente simples, mas complexa devido às questões emocionais, legais e sociais que envolve. Por ser uma mudança irreversível, deve ser muito bem avaliado e indicado: "é preciso que a parte estrutural da mente da pessoa peça isso e não por uma fantasia, uma necessidade de momento, ou por achar que uma cirurgia vai resolver uma tendência afetivo-sexual diferente"


Homossexualidade egodistônica

  • Há padrão de conduta homossexual, mas associado a descontamento com essa realidade. O indivíduo possui um desejo homossexual que não quer e que causa mal-estar.



Fonte: Wikipédia



terça-feira, 27 de março de 2012

Mousse de Maracujá (Musse de maracujá) e Pavê de maracujá



Escrevesse "Mousse de Maracujá" ou "Musse de Maracujá"??




  1.  É substantivo de gênero feminino, originado da forma francesa mousse (espuma), referindo-se a uma preparação culinária leve. 

    Exemplo: A mousse estava deliciosa!
Musse é a forma brasileira de se referir ao saboroso resultado da receita!




Ingredientes do mousse de Maracujá!


1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
1 lata de suco concentrado de maracujá



Modo de Preparo


1. bata todos os ingredientes no liquidificador
2. coloque em um pirex

3. coloque para gelar coberto com papel alumínio para não ressecar e bom apetite!! 


DELÍCIAAA!!!

Mais uma deliciosa opção de Pavê de Maracujá!! 



Pavê de maracujá
    Pavê de maracujá: o sabor azedinho da fruta dá um toque especial.                           





Tipo de prato: Sobremesa
Preparo: Demorado (acima de 45 minutos)
Rendimento: 8 porções
Dificuldade: Fácil
Categoria: Pavê
Calorias: 462 por porção


Ingredientes


· 1 litro e 1 lata de creme de leite  
· 2 xícaras (chá) de açúcar
· 1 lata de leite condensado
· 1 lata e 1/2 xícara (chá) de suco de maracujá concentrado (use a lata de leite condensado como medida)
· 1/2 xícara (chá) de água
· 1 colher (sopa) de amido de milho
· Polpa de 2 maracujás
· 2 pacotes de bolacha tipo maisena



Modo de preparo


1. Bata 1 litro de creme de leite até formar picos firmes e junte 1 xícara (chá) de açúcar aos poucos. Misture bem e reserve na geladeira.


2. Prepare o creme: misture bem 1 lata de leite condensado, 1 lata de creme de leite, 1 lata de suco de maracujá concentrado (use a lata de leite condensado como medida) e leve à geladeira por 15 minutos.

3. Prepare a cobertura: misture 1/2 xícara (chá) de suco concentrado de maracujá, 1/2 xícara (chá) de água, 1 xícara (chá) de açúcar, 1 colher (sopa) de amido de milho, polpa de 2 maracujás, coloque em uma panela e leve ao fogo baixo até engrossar, sem parar de mexer.


4. Para montar: em um refratário, faça uma camada de creme, cubra com os biscoitos e espalhe o chantili.

5. Repita as camadas e finalize com chantili.



segunda-feira, 26 de março de 2012

O Transtorno de Ansiedade Generalizada




Resumo: A ansiedade é um dos principais males que o ser humano carrega atualmente. Ela vem de um sentimento de desespero e pressa em querer realizar o que se deseja e alcançar o que sonhamos, construindo assim a nossa felicidade. Ocorre que a ansiedade é, exatamente, o principal obstáculo para se alcançar sucesso em cada uma destas metas. Uma das maiores fontes de ansiedade é aquela motivada pelos relacionamentos afetivos. Algumas pessoas sofrem de ansiedade por desejar encontrar o par ideal, a chamada alma gêmea com que todos sonham e acabam, exatamente por causa dessa atitude ansiosa, por afastar ao invés de atrair seja quem for.

Palavras-Chave: ansiedade, ser humano, desejo, sonho, felicidade, meta, relacionamento, afeto.

Os Modelos Comportamentais da Ansiedade

As manifestações objetivas da ansiedade são inespecíficas, e comumente estão associadas a diversos estados emocionais, tais como medo, expectativa, ira, entre outros. Essas manifestações são as reações físicas sentidas pelas pessoas, dentre as quais se podem citar: sudorese, taquicardia, tremores, calafrios etc.

A ansiedade pode ser considerada normal ou patológica. Sendo assim, como diferenciar um estado normal de um patológico? Esta avaliação deve levar em consideração quatro aspectos: Intensidade; Duração; Interferência; e Freqüência com a qual ocorrem os sintomas. Caso sejam considerados desproporcionais, pode-se considerar a ansiedade patológica. Contudo, esta é uma decisão arbitrária e subjetiva de quem avalia. (GENTIL, 1997)

Desta forma, Gentil (1997) afirma que “somente podemos saber se alguém está ansioso por dedução, ou questionando e comparando sua resposta com nossa própria experiência e conceito de ansiedade”.

De acordo com o DSM IV (1994), os transtornos de ansiedade classificados são:

• Transtornos de pânico com agorafobia.

• Transtornos de pânico sem agorafobia.

• Transtorno obsessivo-compulsivo.

• Transtorno de estresse pós-compulsivo.

• Transtorno de estresse pós-traumático.

• Transtorno de ansiedade generalizada.

• Transtorno de ansiedade devido a uma condição médica geral.

• Transtorno de ansiedade induzida por substância.

• Transtorno de ansiedade não especificado.

• Agorafobia sem história de transtorno de pânico.

• Fobia específica.

• Fobia social.

Tanto a ansiedade quanto o medo possuem suas raízes nas reações de defesas. Neste sentido, quando uma pessoa se defronta com uma situação de perigo, que ameaça seu bem-estar ou sua sobrevivência, o organismo se prepara para enfrentar ou fugir. Quando esta ameaça é apenas potencial, ou seja, quando o indivíduo identifica a situação como a possibilidade de receber uma punição, entende-se esta resposta como ansiedade. Contudo quando o perigo é real, e a reação é desencadeada por estímulos bem definidos, tem-se o medo. (GRAEFF & BRANDÃO, 1999)

Até aqui foi feita uma diferenciação entre a ansiedade normal e patológica, e entre ansiedade e medo, mas como o modelo comportamental entende a ansiedade? Para entender a ansiedade no modelo comportamental, é necessário antes discutirmos alguns aspectos centrais dentro da análise do comportamento.

Um dos pontos mais importantes no modelo comportamental é a análise funcional. Skinner (1974) afirma que “as variáveis externas das quais o comportamento é uma função, dão margem ao que pode ser chamado de análise causal ou funcional. Tentamos prever e controlar o comportamento de um organismo individual”. Portanto, a análise funcional é a possibilidade de se descrever quais as variáveis que estão controlando o comportamento. Neste mesmo livro, Skinner comenta “uma formulação adequada da interação entre um organismo e seu ambiente deve sempre especificar três coisas: a ocasião em que a resposta ocorre; a própria resposta; e as conseqüências reforçadoras”. Isto significa fazer a análise da tríplice contingência, que tem como pressuposto básico a fórmula: S - R - C.

A importância da análise funcional se caracteriza pela possibilidade de o analista do comportamento conseguir identificar quais os estímulos que determinam a emissão de um determinado comportamento, assim como quais as conseqüências que mantêm este comportamento.

Neste sentido, Meyer (1997), afirma que a análise funcional é o instrumento básico de trabalho do analista de comportamento, pois possibilita identificar as contingências que estão operando um comportamento, assim como inferir quais as que operaram no passado. Estando com essas informações, pode-se propor ou criar novas relações de contingências que alterem os padrões de comportamento dos indivíduos. “Mudanças de comportamento só se dão quando ocorrem mudanças nas contingências”. (Meyer, 1997)

O comportamento das pessoas pode ser controlado pelas contingências ou por regras. Os comportamentos controlados pelas contingências são aqueles que estão associados ao ambiente, enquanto que os que são controlados pelas regras estão associados a regras que agem como “instrução” para o comportamento, por exemplo, “é proibido passar no farol vermelho”.

De acordo com Guedes (1997), o comportamento de seguir regras é instalado pela comunidade verbal, pois depende da cultura e dos valores sociais. Contudo, se os comportamentos governados por regras só ocorrem na presença destas, pode-se concluir que as regras não ensinam para a vida, ou seja, se as conseqüências naturais para tais comportamentos não aparecerem, eles deixarão de ser emitidos. Neste sentido pode-se dizer que os comportamentos governados pelas regras também dependem das contingências. Outro aspecto importante é o papel das emoções no modelo comportamental. As emoções são vistas como comportamentos encobertos, pois ocorrem sob a pele e o único que tem realmente acesso ao que acontece consigo, é o próprio sujeito (DELITTI E MEYER, 1995). Para Skinner (1974), os sentimentos e outros estados subjetivos não são causas de comportamentos observáveis, mas sim comportamentos e, portanto, devem ser analisados como tal.

Neste sentido, as emoções são vistas como conseqüências/respostas de uma situação anterior. Portanto, a ansiedade, vista como resposta emocional, deve ser entendida dentro de uma análise funcional, identificando quais as contingências que a mantém no repertório comportamental do indivíduo.

Conhecendo-se a função do comportamento ansioso no dia-a-dia do cliente, é possível alterar as contingências que operaram o comportamento ansioso e com isto promover mudança de comportamento.

Ansiedade Normal X Ansiedade Anormal

A ansiedade tem dois componentes: psicológicos e somáticos. O comportamento psicológico varia de individuo para individuo, e é fortemente influenciado pela personalidade e pelos mecanismos de enfrentamento. As manifestações somáticas podem ser mais sucintamente descritas pelo paciente e podem variar em estados de gravidade (comprometimentos físicos e psicológicos).

Outros fatores a serem considerados antes de fazer um diagnóstico são: idade, sexo, situação sócio-econômica, precipitadores culturais e modo de apresentação do paciente. Qualquer transtorno físico, por exemplo, o hipertireoidismo, que possa produzir sintomas similares deve ser descartado antes de se poder fazer um diagnóstico de um estado de ansiedade funcional.

As forças motivadoras são chamadas de impulsos. Os impulsos primários são os instintos biológicos; por exemplo: fome, sede, desejo sexual, evitamento da dor, etc. Os impulsos secundários são adquiridos através do aprendizado, e sua evolução é modulada por um sistema de recompensa e punição, um processo chamado reforço. A ansiedade é conceitualizada como um poderoso impulso secundário.

A ansiedade como um processo aprendido poderá desenvolver-se em torno de automóveis após um acidente automobilístico, por exemplo; além disso, uma vez iniciada por um determinado estimulo, a reação ansiosa poderia ser estendida para outros estímulos, através de dois mecanismos denominados: generalização e formação de pistas.

Através do mecanismo de generalização, o sujeito em questão poderia tornar-se ansioso acerca de todos os tipos de transporte, por causa de sua similaridade com o estímulo prejudicial original. Através do segundo mecanismo, de formação de pista, os objetos associados com o acidente, por exemplo: semáforos, carros de policia e ambulância; poderiam posteriormente induzir à ansiedade.

A generalização do estímulo e as formações de pistas são mecanismos adaptativos normais, que são subjacentes ao processo de aprendizado a partir da experiência, e são lapidados, rotineiramente, pela nossa capacidade para discriminar entre os estímulos. A ansiedade intensa prejudica a capacidade para discriminar e leva as generalizações e formatações de pistas excessivas e mal adaptadas.

Um outro aspecto crítico na definição do transtorno de ansiedade generalizada é a falta de uma correspondência entre um estimulo conhecido e o afeto de ansiedade. Entretanto, vários outros estudiosos sugeriram que múltiplas pistas em combinações variadas e complexas, por ex: luzes, ruídos, e mesmo a passagem do tempo, podem reforçar a ansiedade, portanto, tornar muito difícil a extinção da resposta comportamental.

A ansiedade é uma experiência comum a qualquer ser humano. Quem já não se sentiu apreensivo, com dor de cabeça, palpitação, respiração rápida, aperto no peito, desconforto abdominal ou inquietação? Em muitos casos a ansiedade é uma resposta adaptativa e positiva para diversos acontecimentos da nossa vida.

A ansiedade ocorre quando o individuo é confrontado com uma situação especifica, como exemplos: a) desempenho em público, b) o bebê se sente ameaçado com o afastamento dos pais. A ansiedade é um acompanhante normal do crescimento das mudanças, de experiências novas e inéditas, do encontro da própria identidade e do sentido da vida de uma pessoa.

Quando a Ansiedade Passa a Ser Anormal

Há três fatores a considerar ao fazer uma distinção entre ansiedade normal e ansiedade generalizada:

1 - Nível de ansiedade. Em muitas situações, é normal ter um nível de ansiedade, mas se a ansiedade ultrapassa os níveis normais, ela pode ser considerada anormal.

2 - A justificativa para a ansiedade. Ansiedade de qualquer nível seria considerada anormal se não houvesse uma justificativa realista para a ansiedade na situação. Pessoas com ansiedade generalizada interpretam uma situação como ameaçadora, tornando-se ansiosas, mas isto não justifica a ansiedade.

3 - A ansiedade é anormal se ela leva à conseqüências negativas. Por exemplo, ansiedade que conduz a mau desempenho no trabalho, retração social ou hipertensão (pressão sanguínea elevada), seria considerada anormal.

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) tem como característica essencial uma ansiedade ou preocupação exagerada que pode abranger diversos eventos ou atividades de vida da pessoa por um período de pelo menos seis meses ou mais com sintomas somáticos.

Curso e Prognóstico

O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é crônico e flutuante com períodos de agravamento e remissão dos sintomas. Há na literatura alguns casos de pacientes com idade média de 40 anos que relatam história de quase 20 anos de sintomas ansiosos graves, e isso geralmente leva o paciente a sofrer com esse estado de ansiedade elevado durante anos. Sem o tratamento os sintomas não remitem. (Barlow, 1999)

O diagnóstico precoce, o tratamento psicoterápico e farmacológico por dois anos e ausência de co-morbidades são fatores de bom prognóstico, mas a longa duração, presença de quadros co-mórbidos, incluindo transtornos de personalidade e a dificuldade de seguir o tratamento, pioram o prognóstico. Abuso de drogas, quadros depressivos com risco de suicídio, dificuldades sociais e econômicas são complicações comuns no TAG.

Epidemiologia

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo, a taxa de prevalência do TAG anual ocorre de 3 a 8%, ele é quatro vezes mais freqüente que o Transtorno de Pânico. O transtorno é diagnosticado mais em mulheres do que em homens, numa proporção de 2 para 1. Em um estudo 80% dos pacientes com TAG, tiveram ao menos um outro transtorno de ansiedade durante a vida, e 7% tiveram depressão maior.

Determinar a idade de inicio dos sintomas é difícil, porque a maioria não sabe quando isso ocorreu. Muitos relatam que sempre foram assim, relatam que talvez seu início ocorreu quando adolescentes ou adultos.

Nas clínicas americanas que trabalham com Transtorno de Ansiedade, 12% dos indivíduos é de (TAG), os pacientes chegam à atenção dos médicos por volta dos 20 anos, apenas 1/3 dos pacientes com (TAG) busca o tratamento psiquiátrico. Muitos procuram clínicos gerais, cardiologistas, pneumologistas em busca de um tratamento somático do transtorno.

Etiologia

A causa do TAG ainda hoje não é bem conhecida. Segundo os mais recentes estudos, o grupo afeta um grupo heterogêneo de pacientes, talvez porque certo grau de ansiedade seja normal e adaptativo, é difícil a diferença entre a ansiedade normal e patológica. (Barlow, 1999)

Fatores Biológicos

O TAG ocorre dentro de alguns padrões familiares, como: crescer no convívio de pais e irmãos ansiosos, que podem influenciar no desenvolvimento de um grau de ansiedade maior. Não há um, digamos, gene específico para TAG, talvez o que se herde é uma suscetibilidade para que o transtorno se desenvolva. Em uma família, sem história de transtorno de ansiedade, a chance de um dos membros ter o TAG é menor, em torno de 2%.

Tratamentos: Farmacológicos e Psicoterápicos.

I. O TRATAMENTO FARMACOLÓGICO (Dados: Food and Drugs Administration – FDA).

- Benzodiazepínicos. Os benzodiazepínicos, principalmente o alprazolam, são utilizados no tratamento farmacológico de escolha para transtornos de ansiedade generalizada. Sua notável segurança e eficácia estabelecida representam um avanço importante nesta área particularmente difícil da terapêutica.

- Buspirona. A buspirona é um agente ansiolítico azaspirona, cuja eficácia foi efetivamente demonstrada em vários estudos. A vantagem relatada, sobre outros benzodiazepínicos, é a ausência de dependência física, adicção, síndrome de abstinência, abuso, e interação com o álcool.

- Betabloqueadores. Os sintomas autonômicos associados com ansiedade são funções da atividade simpática beta-adrenérgica. A consciência subjetiva desses sintomas (por ex., palpitações) foi implicada na indução e exacerbação da ansiedade. Neste contexto, o uso do propranolol, um agente beta-bloqueador periférico, que reduz os sintomas autonômicos, foi proposta.

II.   O TRATAMENTO PSICOTERÁPICO

A TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL.

Pacientes ansiosos e deprimidos geralmente têm pensamentos negativos e irrealistas sobre si mesmos e sobre seu ambiente. Esses esquemas mentais têm sido descritos como uma tríade consistindo de autopercepção negativa, vivência do ambiente como negativo e punitivo e expectativas negativas quanto ao futuro. A terapia cognitiva é um processo de curto prazo e altamente estruturado, no qual o terapeuta exerce um papel didático, estabelecendo agendas e distribuindo tarefas para serem realizadas em casa e incentivando a automonitoria cognitiva. O objetivo é identificar suposições mal-adaptativas, analisar sua validade e encorajar a rejeição de pensamentos exagerados ou imprecisos, para uma discussão sobre o uso da terapia cognitiva também no tratamento da depressão que, segundo novos estudos, está sendo considerada uma das mais indicadas para esse tipo de transtorno.

Ainda referente à Terapia Cognitivo Comportamental, destacam-se:

-Preocupação Geral e Tipos Específicos:

Problemas imediatos que estão ancorados na realidade e são modificáveis (conflitos interpessoais). Estado de ânimo voltado para o futuro no qual se está disposto ou preparado para tentar enfrentar os acontecimentos negativos. A apreensão ansiosa associa-se a um estado de elevado afeto negativo e super excitação crônica, uma sensação de incontrolabilidade e um centrar a atenção sobre estímulos relativos à ameaça pessoal;
Hábitos pessoais, vestir-se de modo apropriado para situações específicas e atribulações diárias;
Problemas imediatos que estão ancorados na realidade, mas que não são modificáveis (preocupações sobre doença, pobreza, guerras, violência);
Acontecimentos muito improváveis que não se baseiam na realidade e que por tanto, não são modificáveis (cair na ruína, ficar gravemente doente).


Esquemas de Tratamento para ansiedade:

Apresentação do tratamento;
Análise comportamental e treinamento em perceber;
Intervenções específicas sobre a preocupação;
Reavaliação da valoração da preocupação.
- Análise comportamental e treinamento em perceber:

Aumentar a consciência do paciente.
Discriminação dos tipos de preocupações.
- Intervenções específicas sobre a preocupação:

Treinamento em solução de problemas adaptado;
Orientação em relação ao problema;
Habilidades de solução de problemas;
Exposição funcional cognitiva.
- Treinamento em solução de problemas adaptado (TSP):

Aplicam-se as preocupações com problemas que se baseiam na realidade:
Problemas modificáveis – centrar no problema;
Problemas não modificáveis – centrar na emoção.
- Orientação em relação ao problema:

Enfatizar a importância de reconhecer as reações aos problemas que são contraproducentes e corrigi-las, utilizando técnicas de reavaliação cognitiva;
Reações às situações problema = expressões de intolerância ante a incerteza;
Envolve as reações cognitivas, afetivas e comportamentais ante o problema.

- Habilidade de solução de problemas:

Definir o problema (objetividade, especificidade e clareza);
Geração de soluções alternativas (turbilhão de idéias);
Tomada de decisões (avaliar de modo realista as conseqüências de cada solução gerada – estratégias);
Aplicar e avaliar a solução.
- Exposição funcional cognitiva

Empregada para preocupações referentes a acontecimentos altamente improváveis que não se apóiam na realidade;
Utilizar a técnica das setas descendentes, identificando a pior imagem sobre a preocupação;
“Se... Fosse verdade, a que levaria?” ou “ O que isso significaria para você?”.
- Reavaliação da valoração da preocupação:

Como os pacientes com TAG costumam superestimar as vantagens e subestimar as desvantagens de preocupar-se é necessário examinar e reavaliar sua avaliação da utilidade da preocupação;
Utilizar técnicas cognitivas para corrigir crenças errôneas sobre as vantagens e desvantagens de cada preocupação específica.


Fonte: Artigo - O Transtorno de Ansiedade Generalizada - Transtornos Psíquicos - Psicopatologia - Psicologado